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este homem gosta de mulheres-rosa! - diz anabela,
clandestina-de-si
ali-parada.
ele diz repetidamente meio a sorrir
[ só a brincar!! - repete, só a brincar
que é muito feia
,e é bem possível que tenha razão,
embora
ignore-porque-repete,
[ anabela é uma pedra-parada
a ganhar raízes escuras - contornos claros,
sendo também a mulher que bate contra as portas.
suspendendo por vezes [ a si ] na ilusão de janelas
,a bernardo, nunca disse se o achava feio ou belo
ouve os comboios que se atrasam - enferrujados,
aterrados em desterros e túneis inominados,
atravessa prateleiras a encurtar
marchas
electrocuta-se vaga no fogão desligado,
passa os olhos em yann andréa - porquê?
,música
a prescrutar tão-depressa
,na-da e
o mais intransportável: ei-la: a palavra
que se lhe fecha em rosa e borboleta,
da borboleta voando ao nó da tarde
donde estrangula enxota e pica e arde,
fazendo-se feia sem nenhum esforço
] e porém sem sarcasmo [
pra lhe fazer a vontade
deixando-o livre quanto creia na ilusão da procura
exaustiva e-terna e
tatuada
de toda a beleza im]possível - normal e codificada,,,
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